Grupo Escoteiro Terra do Vale entrega Insígnia de Madeira à Escotista
CAPACITAÇÃO COMO UM PROCESSO CONTÍNUO!
09 de setembro de 2017
O Grupo Escoteiro Terra do Vale 30/SC, por meio da
Gestão de Formação de Adultos entregou
neste ultimo sábado a Insígnia de Madeira (IM) à escotista LUCI MERI GABRIEL
MAUL, chefe de seção da tropa escoteira
Arrebol.
O chefe RICARDO APARECIDO DE LIMA entregou o colar
com as contas, e a chefe Luci lembrou que em 2011 foi ele que o convidou para
ser sua assistente no ramo lobinho e quem havia dirigido sua cerimônia de
promessa na época.
A chefe Luci já desempenhou diversas funções no
GETV, de assistente de seção, de chefe de seção e diretora técnica.
LUCI MERI GABRIEL MAUL passa a ser a terceira
chefe a conquistar a IM, ainda em
atuação, que conta com total de 5 nos 21 anos da Instituição.
IMs do GETV30/SC:
ADRIANO DA SILVA
MARCIA A M DORNELLES REINERT
CLAUDIA DAMO BERTOLI
RICARDO APARECIDO DE LIMA
LUCI MERI GABRIEL MAUL
Na área de Adultos, diz o diretor presidente Chefe
Adriano, “destacamos a necessidade do envolvimento e da capacitação do Adulto
voluntário, pois reconhecemos a grande importância e o aspecto estratégico que
a troca intergeracional tem em uma instituição como o Grupo Escoteiro Terra do Vale. De modo geral, nossa proposta buscará
sempre alcançar um nível superior de envolvimento, o que faz bastante senti do
dada a essência do nosso grupo. Buscamos implementar uma cultura de
reconhecimento, motivação e avaliação dos nossos voluntários adultos, aspecto
este que tem sido destacado em nossos processos de gestão. Que até o final de
nosso mandato, possamos oportunizar e entregar muitas outras IMs”.
História da Insígnia de Madeira
Na primeira década do Movimento Escoteiro, a
formação dos dirigentes era feita de maneira assistemática e empírica. Formada
uma patrulha, os jovens tinham o costume de pedir a um irmão mais velho, ao
pai, tio ou a um amigo que desempenhasse o papel de Chefe.
Estava claro, no entanto, que não era suficiente
treinar garotos entusiasticamente interessados no programa escoteiro. Os
líderes, principalmente, é que precisavam de treinamento.
O general Sir Robert Lockhart, dirigente da
Associação dos Escoteiros da Inglaterra, afirmou, a propósito do assunto, em
1954:
“Treinamento é algo absolutamente vital,
interessante e importante, porque nosso Movimento
é,
acima de tudo, um Movimento de Treinamento…”
O espírito do Escotismo não é uma coisa que pode
ser ensinado, disse.
“Pode ser absorvido e adquirido vivendo com
as pessoas que mostram isso publicamente em
suas vidas e em uma atmosfera deste espírito.”
Os pioneiros do Escotismo entenderam a utilidade e
a urgência de que os líderes conheçam seus objetivos e saibam como alcançá-los.
James E. West, primeiro Chefe Escoteiro dos Estados Unidos, que ficou no posto
por mais de 33 anos, definiu este problema quando perguntado sobre quais as
três coisas que o Escotismo precisava mais. Respondeu: “treinamento, treinamento,
treinamento.”
O primeiro curso para a formação de chefes
escoteiros aconteceu em Londres, em 1910. Outros cursos foram realizados
durante os quatro anos anteriores à 1ª Guerra Mundial. Todos eles foram
considerados experimentais, com muitas palestras e pouca atividade prática.
Baden-Powell procurava um local adequado para
desenvolver a formação de dirigentes. Queria fazer como havia feito em Browsea,
pois chegara à conclusão de que os cursos seriam mais eficientes se fossem
realizados no campo, fazendo-os funcionar como se fosse uma tropa, no sistema
de patrulhas.
Em fins de 1918, William de F. de Bois Maclaren,
amigo de Baden-Powell e Comissário Distrital de Rosenearth (Escócia) aceitou
doar uma área para que os escoteiros de menos recursos pudessem usar para
acampamentos. B-P sugeriu que o espaço também servisse para a formação de
adultos, e em 1919, adquiriu a área procurada, ao lado da floresta Epping, ao
norte de Londres. O local foi chamado de Gilwell Park e inaugurado em 25 de
julho de 1919. A grama perfeita, os carvalhos centenários, o pequeno museu e as
relíquias escoteiras conferem magia a este local rico em simbolismo para o
Movimento Escoteiro. A Insígnia de Madeira surge no Movimento Escoteiro pelas
mãos de Baden-Powell, associada ao primeiro curso realizado em Gilwell Park, de
8 a 19 de setembro de 1919.
O símbolo do treinamento são duas pequenas contas
de madeira, cópia de um velho colar presenteado a Baden-Powell por Dinizulu,
rei Zulu, durante sua permanência na África austral, em reconhecimento à
superioridade guerreira e pelo tratamento digno dado ao rei e a seu povo.
O colar de contas original encontra-se guardado na
“Baden-Powell House” em Londres. É um colar de aproximadamente 7 metros, com
mais de 2000 contas de madeira, passadas ao fogo. Na sua origem, a conta de
madeira passada pelo fogo, representava o tição do primeiro fogo aceso pelos
antepassados. As contas foram esculpidas de uma madeira africana de cor amarela
e de medula macia, que deixava um pequeno entalhe natural em cada extremidade
quando era trabalhada. As contas evocam também o “fogo sagrado”, símbolo de
fidelidade a um ideal.
Baden-Powell apoiou o primeiro curso em Gilwell
Park que foi dirigido por Francis Gidney, dando a cada um dos participantes uma
das contas do colar que pertencera ao chefe africano. A idéia era conceder algo
que tivesse um significado maior que um diploma ou certificado.
Os portadores da Insígnia de Madeira usam uma
correia que tem suas extremidades unidas por um nó de aselha e, em cada ponta,
fixadas as contas por um cote de uma volta. Quando a correia possuir duas
contas, uma em cada ponta, significa que o seu portador é Escotista ou
Dirigente com a Insígnia de Madeira concluída. Três contas, uma em uma ponta e
duas em outra, significa que o seu portador é Diretor de Curso Básico. Quatro
contas, duas em cada ponta, refere-se ao Diretor de Curso Avançado. Seis contas
são privativas do Diretor de Gilwell Park.
O lenço de Gilwell foi criado por Baden-Powell a
pedido de seus primeiros alunos. Primeiramente foi confeccionado no tecido
“tartan”, homenageando o clã familiar dos MacLaren, mas que se mostrou
futuramente muito oneroso e de difícil aquisição. Alterou-se para o tecido do
uniforme do Exército Colonial Inglês, aplicando-se na ponta triangular um
retângulo do “tartan” MacLaren, mantendo-se assim a referência aos que
adquiriram as terras de Gilwell
O arganel, que fixa e ajusta o lenço ao pescoço é
um trançado de duas voltas de uma tira de couro, de perfil redondo e cor preta,
também conhecido como “cabeça de turco”. O uso deste arganel significa que o
seu portador possui o Curso Básico, pré-requisito para iniciar as três partes
do último estágio oficial na formação de um Escotista. O alerta inicial,
entretanto, não pode ser esquecido: capacitação como um processo contínuo!
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